segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Quanto tempo é necessário para estar pronto para uma maratona?

Matéria da revista contra-relógio

Chegando a maratona de florianópolis e eu voltando de uma lesão acabei lendo esse texto bem bacana, ou seja to fudido na prova.

Não há consenso. Para alguns treinadores renomados internacionalmente, o treinamento para encarar os 42 km deve durar vários meses, chegando alguns a sugerir perto de um ano! Já outros dizem não ser necessária uma preparação tão demorada, mesmo para estreantes na corrida.
Fato comum entre corredores de rua, a progressão de provas é alvo de questionamento e debates entre treinadores, e mais ainda entre os próprios praticantes. Existe hora certa para subir de prova? Quanto tempo de prática em eventos curtos é necessário até que se esteja "autorizado" a fazer uma mais longa? Muitos corredores ficam na dúvida se devem ou não realizar aquela sonhada prova, e acabam deixando a decisão final por conta de seus treinadores. O problema é que, como tudo, sempre haverá treinadores defendendo cada um dos diferentes pontos de vista, e fica difícil saber de que lado as evidências pesam mais.
Antes de entrarmos nos fatores que podem influenciar a decisão do corredor sobre quando é a hora certa de aumentar a distância de suas provas, uma pequena declaração de conflito de interesse: estávamos há 50 dias da Two Oceans Marathon (56 km) dia 23/4 aqui na Cidade do Cabo, no momento em que escrevia esta matéria. Um amigo, que está visitando o país até o fim de maio, e que nunca correu mais de 5 km, ficou sabendo da prova, de sua excelente organização, muita festa etc, e se inscreveu! Nada mais a fazer senão tentar prepará-lo nestas 6 semanas; o resultado desta empreitada possivelmente esteja na CR de junho.
Em graus bem menos extremos do que a situação deste meu amigo, muitos corredores resolvem enfrentar uma distância nunca antes tentada algumas semanas antes do evento. É comum ouvir gente empolgada com seus primeiros 5 km falando em encarar um 10 km na quinzena seguinte. Essa busca da maior distância surge em decorrência da euforia da conquista ou mesmo pelo marasmo de correr sempre a mesma distância no mesmo tempo, e é um acontecimento corriqueiro principalmente com corredores sem resultados expressivos. Mas estariam eles realmente prontos para encarar distâncias maiores?
ELITE TAMBÉM PULA ETAPAS. Fenômeno diferente ocorre com corredores de rendimento, que pensam suas carreiras em longo prazo, e onde a vasta maioria dos fundistas de hoje iniciou sua vida profissional em competições de 800 m e 1500 m. Com o passar dos anos, estes atletas aproveitam a velocidade adquirida nas pistas para subir de prova. No entanto, até os anos 60, 70 muitos deles passavam suas carreiras inteiras nas pistas (como nosso Joaquim Cruz, ouro nos 800 m nas Olimpíadas de Los Angeles 1984 e prata em Seul 1988).
Com o boom das maratonas, e os holofotes da mídia (e dos patrocinadores) voltados para estas provas nos anos 80, início dos anos 90, os corredores de meio fundo e fundo passaram a progredir para meias e maratonas. Recentemente este processo sofreu uma nova guinada, pois costumava ocorrer de forma lenta. Após os anos de juniores, os atletas construíam uma sólida carreira em pista para então evoluir para competições mais longas já em idade mais avançada, com cerca de 25-30 anos de idade.
A nova safra de atletas de elite já pensa diferente. O queniano Sammy Wanjiru, por exemplo, foi destaque nos 800m rasos em seus anos de juvenil, mas logo passou para provas maiores, com grande sucesso, sendo campeão olímpico na maratona dos Jogos de Pequim aos 21 anos. Esta é no entanto a primeira geração de corredores de elite que utilizam esta estratégia, e os efeitos de longo prazo ainda são desconhecidos. Corredores como Haile Gebrselassie tiveram carreiras longas, com 5-7 anos de corrida em pista mais 5-7 anos de maratonas. Por pular o estágio das provas mais curtas, é possível que corredores como Wanjiru tenham vidas profissionais mais curtas, e resta saber se terão mais ou menos sucesso que seus predecessores em termos de recordes e longevidade nas maratonas.
NOS LIVROS, VÁRIAS ORIENTAÇÕES. Mas vamos voltar aos corredores amadores, com seus sonhos cada vez mais grandiosos. Existe algum pré-requisito para que se possa fazer provas mais longas? Provavelmente não, e praticamente todos os livros sobre corrida trazem o treinamento ideal de seus autores, apresentado na forma de planilhas sugeridas por eles para diferentes objetivos de performance.
O livro "Lore of Running", de Tim Noakes, por exemplo, sugere que o treino de maratona tenha duração de 26 semanas, mas deve ser necessariamente seguido por um treino anterior de 25 semanas (preparação de caminhante para 10 km). O total recomendado pelo autor então é de 51 semanas, ou um ano, para que um caminhante se torne um maratonista.
Esta é uma medida extremamente conservadora, e outros treinadores apresentam sequências bem mais rápidas. O americano Jeff Galloway, por exemplo, apresenta um programa de 25 semanas do quase nada à maratona, em que a primeira semana é composta de caminhadas de 30 minutos (às vezes alternadas com corridas) entre segunda e sexta-feira e 5-7 km de corrida no final de semana, atingindo a maratona na semana 25. Ambos modelos apresentados sugerem uma fase de 24-26 semanas, ou aproximadamente 6 meses, de treino específico para a maratona, e nisso são seguidos por diversos outros, como os também americanos Jack Daniels e Matt Fitzgerald.
Os diferentes programas variam de acordo com o grau inicial do corredor, e dessa forma existem programas de 25 semanas tanto para quem quer apenas completar a maratona quanto para os que almejam completar os 42 km em menos de 3 horas. Peter Coe, pai e treinador do meio fundista britânico Sebastian Coe (adversário de Joaquim Cruz...), não chega a indicar em sua obra o tempo de duração do preparo para uma maratona, mas sugere que corridas de 20-30 km sejam feitas a cada 12-20 dias nos dois meses que antecedem o evento. Apesar deste autor ser mais voltado para atletas competitivos, fica evidente a necessidade que ele sente de que o preparo para a maratona seja de longo prazo.
A BASE DE CADA UM. É possível achar consenso na idéia de que maratonistas devem possuir um volume mínimo semanal de treino, na casa de 70-90 km semanais, pelo menos, e que devam ser corredores que encarem longos de 20-30 km sem grandes problemas. O ponto então é verificar quanto tempo de treino um corredor precisa para atingir este condicionamento. Muitas pessoas não acostumadas a correr, mas com experiências em outros esportes, começam a treinar encarando 10, 15 ou 20 km com facilidade. Obviamente estas pessoas estão avançadas em seu grau de preparo, e não precisam passar por tanto tempo de treino quanto alguém que mal consegue correr 2 km.
O importante aqui é verificar o condicionamento inicial do corredor, e a partir disso criar um ciclo de treinos que preveja aumentos graduais de carga. Aumentos semanais de 10%, por exemplo, são uma recomendação razoável. Se considerarmos que cada quarta semana da periodização consista em um período de recuperação, veremos que não é saudável levar um corredor de 20 km semanais para 70 km semanais em questão de dois ou três meses.
Num exemplo prático, um corredor que inicie correndo 20 km por semana e suba 10% a cada semana, repetindo este ciclo durante três semanas e então voltando um degrau na quarta semana (imagine subir três degraus de uma escada, voltar um, subir mais três, voltar um e assim por diante), levará cerca de 36 semanas, ou 9 meses, para atingir um volume de 70 km semanais. Se o corredor iniciar o programa já com 42 km semanais, levaria cerca de 20 semanas, ou 5 meses, para chegar nos mesmos 70 km semanais. Estes exemplos obviamente não estão considerando fases de treino; simplesmente calculam um aumento suave a constante em cargas semanais de corrida, mas dão uma idéia do tempo gasto para se atingir níveis de condicionamento recomendados para uma maratona.
Treinadores devem, necessariamente, zelar pela saúde de seus corredores. Por isso é sempre recomendável agir com mais cautela do que o mínimo necessário. Apesar disso, fica evidente através de atletas do passado e do presente que provas como a maratonas não exigem anos de preparo, ao menos não para serem apenas completadas. Se o iniciante estiver consciente de que não terá em sua primeira a sua melhor maratona, e que talvez leve três ou quatro anos para desenvolver seu verdadeiro potencial na distância, que venham os muros!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Patrocinio no Brasil


Começo nada a ver, mais ando com insonia esses dias, amanha tenho médico agora são 3 da manhã e o sono não vem, porque não sei se essa dor no meu pé direito é algo sério ou não enfim, e como tenho 2 viagens marcadas daqui uns 20 dias Brasilia depois Florianóplis isso me deixa preocupado, não gosto de correr ou fazer provas com 50% da minha capacidade, mais aonde eu queria chegar é o seguinte, estava eu mudando de canal na tv, quando passo naquele programa ´´Fala que eu te escuto´´, eles estão discutindo os patrocinios a atletas no Brasil, e no caso no momento estavam falando do MMA popularmente conhecido como vale tudo. È um esporte que cresce cada vez mais, visto que o próximo UFC sera realizado aqui no Brasil dia 27 agora. No momento estavam falando exatamente do Anderson silva que faz sua luta principal no card do UFC, entre os valores da luta, as comissões por paperview,ele leva nada mais nada menos que 2 milhoes de reais, poderia nunca mais lutar na vida. Mostrando outro evento o lutador fabricio werdrum levou 600 mil reais por lutar com fedor emilianenko. A questão la era o seguinte: Esse valor todo é por causa do esporte que eles escolheram? Uma pessoa que pratica outro esporte sei la como mostrou, esgrima, tenis de mesa seja la o que for não tem seus méritos também? Ou azar dessas pessoas que escolheram esses esportes? No nosso caso nadar, pedalar e correr? Foi uma discussão grande cada um dava sua opinião e eu vou falar a minha também. Acho que é um pouco de cada, o esporte influencia, mais a varios meios de mostrar seu patrocinador concordam? Lógicamente que chega ser injusto uns receber muitos e outros poucos. Vou dar o exemplo aqui da minha cidade.
Existe uma lei de incentivo do esporte que é da prefeitura, qualquer prefeitura de qualquer cidade desse Brasil pode fazer essa lei, cabe aos vereadores votarem nela. È o seguinte, toda empresa que paga ISSQN que é nada mais que o imposto sobre a nota emitida de uma empresa, pode doar 5% pra um atleta. Funciona assim você leva na secretaria de esportes seu curriculum esportivo e eles aprovam ou não, aprovado você corre atras das empresas e pede o patrocinio. Até ai tudo bem cada um faz sua correria, se a empresa pagar ate o dia 15 de todo mês certinho seu imposto, o atleta recebe sua grana, se a empresa atrasar 1 dia o atleta não recebe. Depois na prestação de conta você tem que prestar conta de pelo menos 30% foi utilizado no esporte como suplemento, equipamentos, pagamento de técnico ( um erro devia ser 100%). Só que as coisas são muito injustas aqui, tem atleta que recebe mais de 40 mil reais, e outros não recebem muita coisa, só que minha reclamação é o seguinte, o cara recebe 40 mil, não faz sequer uma prova de nivel nacional, fica fazendo provas regionais que não valem nada,e outra usam 30% so pra trocar sua bike pra exibir pros amigos e o resto fica trocando de carro toda hora, reformando casa, etc. Isso não é justo oras, o dinheiro tem que ser usado pro esporte, não é pro esporte que é designado a verba? Eu por exemplo tenho o azar que algumas empresas que me ajudavam paga todo atrasado, ou seja a prefeitura ta recebendo e eu não. Sempre mostrei o interesse de competir provas que realmente valem algo como provas nacionais, panamericano, mundial. E muitos atletas aqui na cidade sequer vão a essas provas e usam o dinheiro de uma maneira errada. Esse ano se não fosse a clinica do Dr Paulo hansen trocar a minha bike, eu estaria com uma bike bem inferior e menos competitiva, ele também pagou passagem pra min etc. Me ofereceu passagem pro mundial, só que acabou sendo em cima da hora, e eu havia planejado outras coisas. E tirou do bolso dele pra me ajudar. A clinica de fisioterapia Spazio também me ajudou muito fazendo pilates. Fica aqui minha indignação com esse assunto de apoio ligado as secretarias de esportes. Ouvi aqui na prefeitura que eles querem acabar com esse apoio, acho muito justo. Ou divide por igual com quem realmente compete a nivel nacional ou deixa quieto ninguem recebe. Deveria ter que prestar conta de 100% do dinheiro como funciona em SC. E outra o atleta deve competir a nivel nacional no minimo e usar seu dinheiro pra isso. Vou dar um exemplo de um amigo que recebeu uma verba do estado dele. O dinheiro só vai dar pra ir pro mundial e fez panamericano, ou seja ele poderia ter usado a grana pra fazer um monte de prova fraca por ai, mais não vai competir com os melhores, não é assim que funciona?
Hoje foi um grande desabafo escrever aqui no blog.
Abraços a todos que me acompanham e espero que o ortopedista daqui a umas 6 horas de um prognóstico bom do meu pé que ja são 2 semanas sem treino.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Lesão?



Essa semana começou péssima, no domingo depois de correr 30km bem tranquilo a 5:00 por km em estrada de terra, acordei segunda feira com uma dor tremenda no meu pé, o ritimo estava bem tranquilo esse tempo foi muito confortável, até porque ja vinha aumentando volume gradativamente, foram algusn treinos de 18km, depois, 20km, 24km, etc. Não foi aumentado na louca, intão achei estranho essa dor. Acordei segunda feira fui pra natação ja com o pé doendo na agua não dói de forma alguma, mais bastava sair da água e sentir dor. Desde segunda passando pomada no pé, tomando antinfalamtório, e nada de resolver, se sexta feira continuar assim vou ter que marcar médico mesmo. Hoje não conseguia nem achar animo pra ir nadar, tamanha dor, máximo que fiz foi ir na casa de um amigo jantar. Estou treinando pra uma prova em brasilia e uma em floripa em seguida, mais a partir de agora não sei o que vai acontecer,estava pensando se eu estivesse com passagem pro mundial na Espanha estaria doido essas horas, consegui apoio pro mundial, mais mudei meu foco pois vou fazer o ironman e presciso de comprar algumas coisas. Agora é rezar pra que não seja nada grave e que eu consiga voltar mais rápido possivel treinar.
Vou ficando nessa. Bom treino galera

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Minha matéria no site mundotri

A algum tempo atras saiu uma matéria que eu escrevi na revista eletronica e eles publicaram essa semana de novo segue ai o link. São 3 paginas.Boa leitura.


http://www.mundotri.com.br/2011/08/o-uso-da-acupuntura-no-esporte/

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fim de férias

Poxa acabaram minhas férias 30 dias em casa, consegui fazer varios treinos legais, consegui dormir até mais tarde nessa última semana a ponto de ficar 11 horas deitado rsrs. Agora ta batendo aquela preguiça de treino porque nessa última semana na parte da manha me dediquei a cama. No final das férias meu quadril deu sinal que existe e começou a doer pouquinho, nadar e pedalar não tava me incomodando, agora correr tava difícil, faz 5 dias que não corro e hoje a tarde se a chuva permitir vou tentar correr. Se não der marco consulta médica ainda essa semana, como tenho praticamente 3 provas que to indo, 16km brasilia, maratona de floripa, e um possível aquathlon se consegui folga no trabalho, mais tudo vai depender das dores se não paro pra me tratar pro ironman. Bem vou nessa bons treinos!