quinta-feira, 25 de março de 2010

O risco dos antiinflamatórios

O risco dos antiinflamatórios

As dores musculares são comuns após uma prova ou treino pesado, mas tomar medicamentos para combatê-las pode ser um risco.

Pode parecer simples recorrer aos antiinflamatórios logo que as dores fisiológicas começam a aparecer depois de treinos pesados ou provas. Com a desculpa de que os médicos não titubearão na hora de recomendar o uso desses medicamentos, alguns esportistas abusam de seu uso, o que pode trazer graves consequências.

“Os antiinflamatórios só são recomendados quando a dor seja patológica, e não fisiológica. Essa dor ou inchaço muscular ocorrerá pela falta de condicionamento físico do atleta, que não fez o aquecimento e alongamento corretamente”, diz Marco Azizi, angiologista e médico do esporte da cardiomex-RJ e do Fluminense Football Club.

As dores no corpo aparecem depois de um treino como uma forma de prevenção, para que ele não se desloque de forma exagerada, já que pode ter ocorrido algum problema. Com o tempo é provável que as dores sumam, e o treino pesado pode ser realizado naturalmente. Caso elas persistam, é hora de procurar um médico.

Por não querer esperar que o seu corpo se recupere naturalmente, o atleta acaba apelando para os medicamentos, contrariando o metabolismo, já que esse medicamento acelera essa recuperação muscular.
O antiinflamatório é usado por profissionais da área da saúde a partir do momento que uma lesão é detectada. Com o uso do medicamento, os inchaços e dores passarão, deixando mais fácil para que o médico possa traçar um tratamento possível para o paciente.

“Existem atletas que usam indiscriminadamente o antiinflamatório. Às vezes, até depois do treino por causa da dor. Mas é preciso entender que a dor excessiva após o treino é resultado de um erro no processo de treinamento e tirar a dor com medicamentos pode mascarar uma lesão mais séria e gerar um estresse no organismo, pois a lesão se potencializa”, explica Renato Romani, médico do esporte e professor do CEMAFE (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte) da Unifesp.

O uso incorreto também pode trazer efeitos colaterais e muitos incômodos, fato que danifica muito a saúde do atleta. “Aqueles que são suscetíveis podem ter alergia, urticárias, edemas de glote, entre outros”, diz Azizi.
Quando o antiinflamatório é indispensável?

Quando é constatada uma lesão de grande nível, o antiinflamatório pode ser necessário. Mas não sozinho. O seu uso só será relevante quando aliado a outros tratamentos simultâneos, trazendo uma melhora em um tempo menor.
Um desses aliados dos antiinflamatórios é a fisioterapia, que ajudará no fortalecimento da musculatura e da parte óssea, sendo mais adequada para uma boa recuperação e de uma possível volta mais ligeira ao esporte.

“Toda vez que se intervém em um processo natural do corpo, é preciso fortalecer a musculatura e os ligamentos. Por isso, a fisioterapia é indispensável”, afirma Romani.

Fonte:O2 por minuto

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